«Inicialmente, la democracia representativa busca resolver un problema de comunicación: no podíamos decir cada uno lo que piensa y esperar que nos escuchen, por eso tenemos representantes a quienes delegamos un mandato. Pero hoy nosotros «controlamos» a los representantes: si un diputado ofrece una charla, él o su equipo va testeando qué dicen los comentarios en Twitter y modifica su discurso de acuerdo a lo que cree que ese público quiere escuchar. Incluso veremos que intenta defenderse más tarde en Twitter. Finalmente, no es un mandato libre, no puede razonar en nuestro nombre. Por otro lado, los representantes pueden usar el Big Data para controlarnos e inducirnos. Este juego de control en ambas direcciones, para el que las herramientas del Big Data parecen ideales, está absolutamente contraindicado para las democracias representativas. Hay que repensar la democracia por completo, a la luz de los datos.»
Martin Hilbert, gurú del Big Data
Esta realidade faz de facto questionar a necessidade da existência de «representantes dos cidadãos», uma vez que os cidadãos de carne e osso passaram a ter, nas redes sociais, uma identidade cibernética e um alcance permanente e imediato «real time» e «on line» .
Em cada momento, os cidadãos assumiriam um papel de «co-mando» nas decisões políticas, transformando as «democracias representativas» clássicas em «democracias directas» onde em vez da decisão de «braço no ar» (que se pode ver ainda hoje em pequenos cantões e comunidades Suiças), a decisão seria por maioria de «likes»…
As decisões resultariam assim de maiorias «inorgânicas», formadas de acordo com a informação e debate decorrente da agitação dos meios sociais, e não mais apenas das posições, muitas vezes tacticistas dos partidos políticos tradicionais, agrupados nas velhas «esquerda» e «direita».
A questão que se coloca neste modelo é o grau e a qualidade de informação proporcionada aos ciber-cidadãos!
Embora também se possa colocar no caso dos representantes tradicionais, a verdade é que para cada assunto em debate, cada cidadão deveria ter uma informação relevante, facto que se pode reconhecer como inviável…
Daqui que seja inevitável aceitar, embora com algum desgosto e azedume, que, pelo menos implicitamente, reconhecemos aos nossos «representantes» um maior nível de conhecimento e sabedoria , ou não fossem eles parte de uma «elite» que a democracia do politicamente correcto não reconhece…
Daqui resulta que um modelo de governação online de tipo plebiscitário por vias seja pouco recomendável.
Daqui resulta a necessidade da existência de barreiras: Quais os assuntos sujeitos ao sufrágio online? Assuntos de defesa nacional? De justiça? De usos e costumes? Com implicações sobre a ética, a religião, as minorias ?Que tipo e que articulado nas perguntas? Que tipo de maiorias – simples ou absolutas?
E as redes sociais fornecem actualmente esse tipo de informação, formação que sirva estes propósitos – de tornar cada cidadão um verdadeiro cidadão de posições tomadas após debate interno, reflexão e ponderação cuidadas?
E as redes sociais estão protegidas de grupos de interesses, mais ou menos organizados, que podem deturpar o jogo político e a escolha livre, independente e fundamentada dos cidadãos?
Tenho dúvidas.
Muitas dúvidas…
Por tudo isto mantenhamo-nos fiéis à democracia representativa;
Ou não fosse «A democracia… a pior de todas as formas de governo, exceptuando-se as demais» (W. Churchill)
A proposta de Martin Hilbert é uma nova forma de elevar a democracia e não substituí-la. Desde já, a interação político / cidadão flui de um lado para o outro.
Tentei usar a senha 2020 para abrir apresentação do
Micetoma e não funcionou – a senha mudou ou continua a mesma?